Chamados empréstimos intercompanhias, os empréstimos de matrizes no exterior a filiais no Brasil são classificados pelo Banco Central como investimento estrangeiro direto (IED), que paga apenas 0,38% de IOF para entrar no país como estímulo para o dinheiro que é destinado à produção e à geração empregos. Mas a Receita Federal considera os empréstimos intercompanhias como operações financeiras normais, que rendem juros, têm prazo de pagamento e podem ser amortizadas. “Por cumprirem todos os procedimentos de um empréstimo, os empréstimos intercompanhias também pagam IOF de 6%”, explicou Maria da Consolação.
Ela negou qualquer conflito de legislação com o Banco Central e ressaltou que, em agosto do ano passado, a Receita editou um ato declaratório para esclarecer a questão. “Não é por serem classificados como investimentos diretos pelo Banco Central que os empréstimos intercompanhias deixam de ser empréstimos”, disse ela.
A Receita Federal não tem estimativa de quanto vai arrecadar com a ampliação da incidência do IOF sobre esse tipo de empréstimo. Segundo Maria da Consolação, como a medida foi tomada para inibir a entrada de dólares no país, o Fisco não tem como prever o impacto fiscal. Ela informou apenas que a arrecadação deve ser desprezível. “Nesse tipo de medida, é mais fácil o tomador do crédito se adaptar. Se houvesse aumento significativo da arrecadação, a medida seria ineficaz”, explicou.
Fonte: Notícias Agência Brasil – ABr
Compartilhe nas redes!
Preencha o formulário abaixo para entrar em contato conosco!
Últimos Posts:
Categorias
Arquivos
Tags
Fique por dentro de tudo e não perca nada!
Preencha seu e-mail e receba na integra os próximos posts e conteúdos!
Compartilhe nas redes:
Posts Relacionados
Conflito de gerações: como o choque entre jovens e líderes está quebrando as empresas
Um estudo de caso do ambiente corporativo mostra que o atual choque entre jovens e líderes não é (apenas) tecnológico: trata-se de maturidade, responsabilidade e
Desorganização contábil ameaça pequenos negócios
A falta de planejamento financeiro e o descontrole de caixa estão entre as principais causas de mortalidade de micro e pequenas empresas. A desorganização contábil
Plataformas de assinatura digital e os riscos pouco visíveis na formalização de contratos
A digitalização acelerou o uso de assinaturas eletrônicas para fechar contratos, mas nem todas oferecem o mesmo nível de presunção de validade jurídica. Assinaturas feitas
A importância da atualização contratual periódica para a estabilidade societária
Revisar o contrato social com regularidade evita que o documento fique defasado em relação à realidade da empresa. A atualização periódica reduz disputas entre sócios,
Saiba como vai funcionar o ‘CPF dos imóveis’, criado pela reforma tributária
A Reforma Tributária criou o Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB) — apelidado de “CPF dos imóveis” — um código nacional e único para cada propriedade urbana