A digitalização acelerou o uso de assinaturas eletrônicas para fechar contratos, mas nem todas oferecem o mesmo nível de presunção de validade jurídica. Assinaturas feitas com certificado ICP-Brasil tendem a ter maior robustez probatória; já outras modalidades, embora aceitas pela lei, podem exigir perícia técnica em disputas e ficar mais expostas a questionamentos sobre autoria e integridade.
Onde moram os riscos
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Plataformas com trilhas de auditoria fracas (sem registro de IP, carimbo do tempo, autenticadores, hash/criptografia adequados).
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Termos de uso que transferem responsabilidade ao usuário ou limitam garantias de guarda e integridade.
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Processos internos que não definem quando exigir assinatura qualificada (ICP-Brasil) versus assinaturas eletrônicas simples/avançadas.
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Arquivamento sem política de retenção e prova (cadeia de custódia, logs e backups verificáveis).
 
Boas práticas (checklist rápido)
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Classifique riscos por tipo de contrato (valores, criticidade, partes, prazos) e defina nível mínimo de assinatura exigido.
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Escolha plataformas com autenticação forte, trilha de auditoria completa, carimbo do tempo e política clara de guarda.
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Padronize cláusulas sobre formato eletrônico, aceitação de logs e mecanismos de verificação.
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Treine áreas jurídicas e operacionais para conferir evidências técnicas antes da assinatura.
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Teste a prova: simule litígios (exporte logs, valide certificados, verifique integridade) e documente o procedimento.
 
Mensagem final
Assinaturas eletrônicas economizam tempo e trazem eficiência, desde que alinhadas a requisitos jurídicos e de segurança. Para contratos estratégicos, elevar o nível de prova (preferindo ICP-Brasil e trilhas robustas) diminui custos futuros com litígios e incertezas.