Atualmente, muitos líderes ainda acreditam que motivar a equipe é manter o clima sempre animado. No entanto, esse conceito está esgotado: brindes e slogans funcionam apenas a curto prazo — o que vemos agora é uma apatia crescente, uma falta de sentido que drena o “brilho no olho” dos colaboradores.
A motivação, na essência, não é sinônimo de empolgação, mas sim de motivo para agir. Quando o motivo desaparece, sobram ações mecânicas, sem propósito. O problema é que os motivos contemporâneos se tornaram frágeis — impulsionados por consumo imediato, comparações incessantes e desejos voláteis que mudam com frequência. Com isso, equipes entregam resultados, mas sem verdadeiro engajamento.
A motivação, nesse contexto, virou um ciclo de manutenção emocional, dependente de estímulos constantes e insustentável a longo prazo. Um recurso instável, que exige reforço diário.
O texto propõe uma virada: substituir “motivação” por “comprometimento”. Diferente da motivação, o comprometimento resiste — é silencioso, nasce de escolhas individuais sólidas e persiste mesmo na adversidade. Comprometimento é raiz, não “flores de um dia”: não depende do ambiente, mas de um pacto interno com o propósito.
Para construir uma cultura de comprometimento, o artigo sugere práticas como:
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Recrutar com foco em história e vínculo, não apenas em habilidades técnicas.
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Valorizar e reconhecer quem assume responsabilidade, mesmo diante da incerteza.
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Incluir o time em decisões difíceis, criando alinhamento real e propósito.
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Diferenciar quem apenas cumpre tarefas de quem realmente se responsabiliza.
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Criar rituais simbólicos que eternizem comportamentos e fortaleçam a cultura.
Em síntese: parar de focar em motivar e começar a cultivar comprometimento — do tipo que resiste à tempestade, constrói cultura e impulsiona resultados com sentido.
Fonte: StartSe – Por que a motivação sumiu das empresas e o que deve entrar no lugar, por Piero Franceschi (07/08/2025).
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