Entre as propostas da CNI até 2022 está uma estrutura tributária enxuta, para acelerar a competitividade. O plano é zerar a cumulatividade dos tributos. Assim, o percentual de taxas com caráter cumulativo passaria de 7,7% para 0%, em dez anos. Outro projeto é engordar a parcela dos manufaturados brasileiros no mercado mundial, de 1,7% para 2,2%, no mesmo período.
A CNI defende ainda a disponibilidade de mais recursos para investimentos. “O Brasil deve aumentar a participação de recursos de terceiros no financiamento do investimento das empresas de 34%, em 2012, para 50%, em 2022?, registra o Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022.
Segundo Eduardo Silva, sócio do grupo FBM, que faz consultoria de gestão para pequenas e médias companhias, a área de manufatura sente a falta do apoio do governo, com mais linhas de crédito e flexibilidade nas relações trabalhistas. Mas ele também identifica uma visão estreita do futuro, por parte dos empresários. “É necessário ter um planejamento estratégico de, pelo menos, três anos, para se posicionar frente às oportunidades que surgem”, diz. “Muitas empresas trabalham com o prazo de um dia, como uma aplicação do antigo ‘overnight’”.
Sidney Rabinovitch, sócio-fundador da FOM, que fabrica pufes e almofadas, vai reinvestir 7% do faturamento neste ano, 20% a mais do que aplicou no ano passado. Parte da verba vai para a expansão da rede de lojas, gestão de vendas e desenvolvimento de produtos. “O planejamento inclui a expansão de pontos comerciais em aeroportos”, diz.
Com 250 funcionários, a marca tem produção anual de 360 mil unidades. “A expectativa é faturar 20% a mais em 2013, em comparação ao ano anterior”, diz Rabinovitch, sem revelar números, mas diante de um projeto de uma nova unidade fabril. “Teremos crescimento, mas poderia ser melhor se houvesse mais atenção sobre o crédito e a qualificação de pessoal.”
Para Milton Bogus, diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ainda há pouca informação sobre as linhas de financiamento disponíveis. “As empresas também têm dificuldade de informar dados aos agentes financeiros para que eles possam analisar a real capacidade de pagamento e garantias”, diz. (JS)
Fonte: Valor Econômico
Compartilhe nas redes!
Preencha o formulário abaixo para entrar em contato conosco!
Últimos Posts:
Categorias
Arquivos
Tags
Fique por dentro de tudo e não perca nada!
Preencha seu e-mail e receba na integra os próximos posts e conteúdos!
Compartilhe nas redes:
Posts Relacionados
Uso de bens da empresa por sócios pode gerar nova onda de tributação com a reforma tributária
Com a reforma tributária sobre o consumo ganhando forma, uma questão ganha destaque: o uso de bens da empresa (veículos, imóveis, máquinas etc.) pelos sócios
NRs e e-Social: o futuro da fiscalização digital das condições de trabalho
A integração das Normas Regulamentadoras (NRs) com o e-Social aponta para uma era de fiscalização digital contínua das condições de trabalho nas empresas. Isso vai
Sócios retirantes responderão por dívidas reconhecidas antes de sua saída da empresa
A Terceira Turma do TST firmou entendimento: ex-sócios respondem por dívidas trabalhistas reconhecidas durante sua participação societária, mesmo após sua saída. O prazo de responsabilização
Como adequar os contratos empresariais à reforma tributária
A reforma tributária sobre consumo — com a adoção do IBS e CBS — vai alterar profundamente a lógica dos contratos empresariais. Para estar preparado,
Reforma tributária do consumo: contagem regressiva — sua empresa não pode ficar para trás
A reforma tributária do consumo já é realidade, e os primeiros impactos práticos aparecerão já em janeiro. Em 2026, inicia o período de teste para